segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
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segunda-feira, 9 de novembro de 2009
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Roteiro da Madeira
A Região Autónoma da Madeira é um dos destinos favoritos de um grande números de turistas nacionais e estrangeiros, tanto de Verão, como de Inverno. A Madeira tem um clima subtropical com temperaturas convidativas a longas caminhadas, em contacto com as paisagens e o verde da natureza.
Tem também uma particularidade interessante: quando se dá a volta à ilha, as condições climatéricas costumam alterar-se de lugar para lugar e os habitantes comentam que se consegue, num dia, sentir as diferentes temperaturas das quatro estações do ano.
A Madeira tem muitos factores para ser um dos destinos mais procurados pelos turistas: belezas naturais e consequente contacto com a natureza, como a floresta laurissilva que foi classificada como Património da Humanidade pela Unesco; tem ainda muitas praias de areia preta, que são de origem vulcânica, grutas, montanhas, levadas, etc.
Tem uma rica e variada gastronomia, com pratos tipicos tradicionais que fazem as delícias de quem os prova.
Tem também um artesanato muito importante, fonte crucial de rendimentos e de postos de trabalho para os madeirenses. Da ilha da Madeira fazem parte os municipios representados no mapa:
Madeira
Madeira, terra de mil encantos. Para lá chegar actualmente as opcções são: ir de avião, ir num cruzeiro com paragem e estadia por algumas horas ou até alguns dias, ou ir a Portimão e embarcar num navio com transporte de carga e até se pode levar o carro.
A opcção mais utilizada pelos turistas que residem no continente e querem ir à ilha da Madeira, é a viagem de avião. Quer se viaje de dia ou de noite, avistar terra é sempre algo tão maravilhoso e especial. De dia, olhando pelas janelas do avião e vendo-o deslizar pelo meio das nuvens, dá a sensação de que tudo à volta faz parte de um reino mágico; olhando ao longe para os picos das serras envoltos pelas nuvens parece que estão rodeadas por camadas de algodão.
Quando finalmente se avista o Aeroporto do Funchal, a sensação que dá é que é muito pequeno (alguns anos atrás era ainda mais pequeno, foi ampliado para responder às necessidades das companhias aéreas).
Quando se aterra e se sai do avião, começa a aventura de descobrir ou redescobrir a Madeira, porque de cada vez que lá se chega, muitos encantos estão à espera dos turistas nacionais e dos turistas estrangeiros.
Santa Cruz – Tem o Aeroporto Internacional da Madeira. A freguesia da Camacha, que é célebre pelos trabalhos de vimes feitos pelos seus artesãos, que fabricam diversos objectos de utilidade doméstica e mobiliário. A freguesia do Caniço – Centro turístico de elevada importância. No Caniço de Baixo encontramos a Praia dos Reis Magos, com grandes complexos habitacionais e luxuosos junto à beira-mar. Faz parte deste concelho o Garajau - Promontório da Ponta do Garajau, com estátua do Cristo-Rei. Tem ainda a Reserva Parcial do Garajau, que alberga uma grande variedade biológica, reconhecida internacionalmente pela limpidez das águas do mar, e é também um ponto onde se pratica mergulho.
Funchal – É a capital do arquipélago. De um lado tem o Oceano Atlântico, e do outro lado tem à sua volta vales e montanhas. Aqui circulam muitos turistas, vindos de todas as partes do mundo. A cidade é o centro mais importante de toda a economia madeirense, e a nível turistico tem muitos pontos de interesse:Sé Catredal, Marina, Casino, Parque Santa Catarina, Mercado Público dos Lavradores, Jardim das Orquídeas, Forte de Santiago, Quinta das Cruzes, Quinta da Magnólia, tem ainda diversas igrejas, alguns palácios e museus. Tem também um teleférico, que faz viagens entre o Funchal e o Monte. A freguesia do Monte está situada a 550m de altitude, acima do nível do mar. Tem a Igreja de Nossa Senhora do Monte, que é a Padroeira da Madeira, onde está sepultado o último imperador da Aústria, Carlos I, que morreu exilado na ilha da Madeira. Tem o Jardim do Monte e o Jardim Tropical Monte Palace que faz parte da Fundação Berardo. Nesta localidade existem uns tipicos carros de cestos, nos quais são transportados turistas. Os carros são puxados por dois homens que utilizam cordas e apenas a força braçal para efectuarem as descidas, numa rua muito a pique, percorrendo 2 km entre o Monte e a localidade do Livramento, atingindo a velocidade de 48km/h. Situado no maciço interior montanhoso está o Pico do Areeiro, o terceiro mais alto da ilha. Tem a altitude de 1181m, e no seu topo existe uma pousada, um café e uma loja de venda de recordações, assim como um miradouro. A partir do Pico do Arieiro parte um caminho pedestre que comunica com o Pico Ruivo. O percurso demora três horas a ser feito e atravessa vários túneis escavados nas montanhas, sendo aconselhável o uso de lanternas e de roupa apropriada, de preferência bem quentinha para quem deseje ir de um pico ao outro.
Câmara de Lobos - Tem uma bonita baía e diversos locais de interesse: Estreito de Câmara de Lobos, Quinta Grande, Miradouro da Eira do Serrado, com a altitude de 1094m e que tem uma vista arrepiante para o Curral das Freiras. Esta é uma vila pequena, situada num vale muito profundo e que está rodeada de altas montanhas, sendo por esse motivo muito isolada de outras localidades. Olhando para cima, parece que as montanhas vão cair sobre a vila a qualquer momento. Os seus habitantes vivem maioritariamente da agricultura. Encontramos também o Jardim da Serra, o Pico das Torres, com altitude de 1851m, a Boca dos Namorados, a Boca da Corrida e o Cabo Girão, com altitude de 550m. Este é o segundo cabo mais alto da Europa, e a vista que se tem do Oceano Atlântico é maravilhosa. A pesca e a agricultura são as actividades que predominam nesta zona.
Ribeira Brava – É uma das localidades mais antigas, com praia. Ao longo dos tempos tem havido um gradual aumento de turismo nesta zona. Um dos pontos de interesse dos turistas é a Igreja de S. Bento, construída no século XV, e o Museu Etnográfico da Madeira. Na localidade do Campanário passa a via rápida que liga ao Funchal, sendo uma mais valia para as deslocações de pessoas e bens de primeira necessidade. No município de Ribeira Brava existe uma levada (corrente de águas, aproveitada para regas dos campos, na agricultura). A maior delas, a Levada do Norte que também é designada pelo nome de Levada da Ribeira Brava-Câmara de Lobos, corre numa extensão superior aos 60 km, atravessa 36 túneis e irriga directamente as terras de milhares de agricultores. Uma das freguesias deste município é a Serra de Água, assim chamada pela abundância de água que a caracteriza.
Ponta do Sol – É um dos destinos favoritos de muitos turistas e também de madeirenses, pelo bom clima ao longo de todo o ano, com as temperaturas sempre acima da média de outros lugares da Madeira. As águas têm temperaturas convidativas e as praias têm geralmente pouca ondulação, oferecendo assim óptimas condições balneárias. As principais praias são: Madalena do Mar, Anjos, Lugar de Baixo e Vila da Ponta do Sol.
Calheta – A beleza contrastante do Oceano a banhá-la e das montanhas que vêm ao seu encontro e depois se misturam com a água nas orlas costeiras, oferecem paisagens maravilhosas de suster a respiração, em que tudo à volta parece retirado de um conto de fadas. Isto é por si só um lindo cartão de visita oferecido aos turistas.
Porto Moniz – A sua principal atracção são as Piscinas Naturais, formadas por rochas vulcânicas, que se enchem nas marés e são muito frequentadas pelos turistas e pelos locais. Tem ainda diversos espaços verdes com lindos miradouros.
São Vicente – Tem diversos pontos de interesse para os turistas: Pequena Capela de S. Vicente que está junto a uma pequena rocha, perto do mar e de uma praia, a Igreja de S. Vicente, as Grutas de S. Vicente, que fazem parte do Centro de Vulcanologia, com jardins plantados com a flora endémica da ilha.
Santana – É conhecida pelas suas casas tipicas em forma de triângulo, construídas com pedra e colmo. Eram usadas como casas de habitação, e também como estábulos para animais. Nesta freguesia encontramos o Pico Ruivo, que é a terceira montanha mais alta de Portugal. Tem um lindo, lindo, Parque Natural das Queimadas.
Machico – Considerada a zona franca da Madeira, pois é neste municipio que se encontra as mais importantes actividades industriais da ilha. A cidade está localizada perto do aeroporto. Os seus pontos de interesse são variados: Tem uma bonita baía e uma praia, com uma grande afluência de turistas. Tem também um penhasco, a Penha de Águia, com a altitude de 590m, tem o Pico da Coroa e a Ponta de S. Vicente.
A Madeira tem um encanto, dificil de esquecer:
- Pelas suas maravilhosas paisagens, é dificil de escolher quais são as zonas mais bonitas: se são as montanhas grandiosas, com uma vegetação de um verde bem acentuado, se as pequenas localidades, umas em vales escondidos, outras nas beiras de penhascos, ou ainda algumas localidades que são banhadas pelo Oceano Atlântico. Numa ilha tão pequena, a que se pode dar a volta completa num dia (de carro), mas para a conhecer minimamente é preciso dedicar-lhe muito tempo para a calcorrear e assim ir descobrindo, a pouco e pouco, as suas paisagens que encantam e maravilham quem as contempla. Pelas suas lindas flores, algumas que crescem expontaneamente por todo o lado, outras de cultivo, tal como as estrelicias, os antúrios e as orquideas, e muitas outras espécies.
- Pelas suas tradições, mantidas pelo povo madeirense, que se orgulha de ainda nos dias de hoje ser fiel aos ensinamentos dos seus antepassados. A Madeira é um destino muito procurado pelo turismo, pela simpatia e hospitalidade dos madeirenses e pela quase inexistente taxa de criminalidade existente na ilha.
- A sua gastronomia é outra das formas de agradar e deliciar os turistas, a cozinha madeirense agrada pela grande diversidade de receitas dos seus pratos típicos. Temos, por exemplo: as espetadas de carne de vaca, grelhada em espeto de pau de louro, o bolo do caco (pão de forma redonda achatado), bifes de atum, o milho frito, entre muitos e diferentes pratos tipicos. Na parte de doçaria temos as broas de mel, o bolo de mel e tantos outras doces tentações. Tem também uma grande variedade de licores e o famoso vinho doce da Madeira. Aqui está apenas uma referência mínima à parte gastronómica, que de maneira nenhuma faz justiça à grande e saborosa gastronomia madeirense.
- O seu artesanato, dos quais se destaca os famosos bordados e os trabalhos de cestaria em vimes.
Muito mais poderia ser dito sobre a linda Ilha da Madeira, e poderia escrever muitas mais páginas, mas o objectivo deste roteiro é partir à descoberta, levando uma máquina digital com uma grande capacidade para tirar fotos, que ficarão para mais tarde recordar. Mas acima de tudo, o que é importante é desfrutar muitos e bons momentos de umas férias inesquecíveis.
Conclusão
Roteiro da Madeira
A ilha da Madeira é para mim um dos melhores destinos, onde até hoje, eu estive a passar férias. Escolhi-a como tema do roteiro, porque o meu marido é natural da freguesia do Monte, concelho do Funchal e já passei lá as férias algumas vezes. E também, porque a relação entre mim e os familiares do meu marido é excelente. De tal maneira que ao elaborar este trabalho, senti uma vontade imensa de fazer as malas, partir e aparecer de surpresa aos tios e primos do meu marido que vivem na Madeira e por lá ficar a descobrir novos e lindos recantos desta ilha de encantar .De todas as vezes que a visitei, descobri novos lugares, novas paisagens, por todo o lado há muitos pontos de interesse.
A última visita que fiz à ilha da Madeira foi em Dezembro de 1999, regressei no principio de Janeiro de 2000, eu e a minha familia festejamos a passagem do milénio em solo madeirense, tendo como cenário à meia-noite o famoso fogo de artificio, que atrai e encanta tantos turistas.
Uma das sensações que me ocorreu, aquando da minha última estadia é que estava nalgum país estrangeiro, havia tantos turistas, que as conversas audíveis eram principalmente faladas em inglês.
Termino este roteiro, sentindo uma vontade imensa de percorrer aquela ilha, não foi nada fácil descrever tantos pontos de interesses. Fisicamente estava a teclar e página a página foi surgindo esta obra de arte, mas mentalmente fui passear em espirito, voei e através das fotos, caminhei pela linda pérola do Atlântico, a Madeira.
Visita Virtual Museu dos Brinquedos
As crianças que são a razão do curso de técnica de acção educativa que estou a fazer, necessitam de brinquedos para desenvolverem diferentes aprendizagens, sendo a brincadeira uma mais valia para lhe desenvolver a parte fisica e a parte psiquica.
Localização do Museu
História do Museu
O Fundador
Colecções
Alguns destaques
Curiosidades
Conclusão
Anexos
O Museu dos Brinquedos está situado em Sintra e as peças são tantas, tanto as que estão expostas, como as que estão guardadas por falta de espaço, que só com estas dariam para fundar outro museu.
Os brinquedos deste Museu fazem parte de uma recolha feita ao longo de mais de 50 anos pelo coleccionador João Arbués Moreira. A colecção começou a ser constituída quando tinha 14 anos de idade com os brinquedos que lhe iam sendo oferecidos e outros, dos seus pais e dos seus avós. Com o avanço da sua idade, aumentou também o seu interesse pelos brinquedos e foi comprando diferentes exemplares ao mesmo tempo que crescia a vontade de saber mais acerca das peças que ia encontrando, o seu fabrico, a sua origem, a sua história.
Com o passar do tempo, a colecção foi aumentando e quando tinha já mais de 20 000 brinquedos diferentes, havia que cuidar e expor este património permitindo ao público tomar contacto com a maior colecção do género em todo o país. Em 1987 nasceu a Fundação Arbués Moreira, mas o espaço do museu dessa época, era exíguo. E o museu mudou de espaço em 1997, ocupando desde então o antigo quartel dos bombeiros de Sintra.
O Fundador
A partir dos 14 anos, João Arbués Moreira recebia do avô brinquedos quando reprovava ou tinha más notas, pois o seu avô considerava que brincar era mais importante do que estudar. Mesmo assim, João Moreira continuou a estudar e acabou por tirar o curso de Engenharia em Inglaterra.
Porém, o seu interesse pelos brinquedos não esmoreceu, e a sua colecção foi aumentando ao longo dos anos.
Colecções
Neste Museu podemos encontrar colecções de vários tipos de brinquedos, como por exemplo: bonecas, carrinhos, barcos, peões em miniaturas, 13 mil soldadinhos de chumbo e brinquedos artesanais. No total exposto, existem cerca de 40 mil brinquedos, mas o Museu alberga também exposições temporárias de vez em quando.
Alguns destaques
Numa das exposições temporárias que o Museu alberga, os visitantes puderam ver um Ferrari de tamanho real, mas inteiramente construído com peças de Lego.
Noutra altura, a exposição foi sobre brinquedos dos anos 60 em contraste com os brinquedos actuais, mostrando a sua evolução.
Curiosidades
O Museu tem também uma Oficina de Restauro, onde apenas são reparados os brinquedos pertencentes ao museu, embora hajam planos para alargar este serviço para o público. Aqui, as crianças que visitam o museu podem assistir ao vivo à reparação de brinquedos.
Outra curiosidade do Museu, é a sua loja, onde o número de brinquedos não é grande, mas são brinquedos que raramente se encontram noutras lojas: brinquedos artesanais, réplicas de brinquedos antigos, livros de pintar e bonecas de recortar.
Conclusão
Com as novas tecnologias, nem precisei de sair de casa para ir visitar o Museu do Brinquedo de Sintra. Sentei-me confortavelmente numa cadeira, em casa, liguei o computador portátil e liguei-me à Internet, acedi ao Google e comecei a pesquisar em diversos links para reunir informação e para começar a estruturar o meu trabalho escrito.
Copiei as imagens que me parecerem as mais adequadas para visualizar o espaço do museu e que também me foram úteis para ter uma melhor noção espacial do museu e dos brinquedos que lá estão expostos.
Esta visita virtual despertou o meu interesse e curiosidade para, num futuro próximo, visitar este museu ao vivo e a cores, e assim poder comparar com tudo aquilo que a Internet me permitiu visualizar e aprender.
Novas Formas de Lazer
A crise está instalada e eu, como uma grande maioria dos portugueses, não tenho verbas suficientes para investir numas bem merecidas férias. Alugar casa ou reservar um quarto num hotel ou pensão é muito dispendioso, motivo que me desmotiva a fazer as malas e partir para longe das rotinas e ter o prazer de por alguns dias apenas me divertir.
Como tal, para combater o stress, habitualmente planeio com a minha familia alguns passeios em que renovo o meu bem estar e em que esqueço todos os meus problemas. Quando é possível, eu e a minha familia dedicamos um Sábado ou um Domingo para passearmos, em que escolhemos previamente um itinerário e também aproveitamos para fazer alguma refeição (geralmente almoço ou lanche).
Nas alternativas às férias eu e a minha familia tivemos que encontrar novas formas de manter equilibrio entre o tempo em que se está a trabalhar ou se estuda, e o tempo em que temos de “carregar as baterias”, divertindo-nos e passando agradáveis momentos.
Tivemos que encontrar soluções à medida da nossa situação económica, e reajustar as nossas atitudes perante a realidade. Continuamos a passear e até temos alguns destinos que, de tempos a tempos, fazemos questão de lá voltar. Destaco o Parque Municipal do Cabeço de Montachique, a aldeia miniatura do Sobreiro e a Ericeira.
Parque Municipal do Cabeço de Montachique
Está equipado com:
· Polidesportivo
· Dois campos de futebol
· Quatro campos de ténis
· Sala para ténis-de-mesa
· Balneários
· Espaço para jogos tradicionais
· Circuito de manutenção
· Alguns percursos de natureza e orientação
· Casas-de-banho
· Parque de merendas
· Café-restaurante
Neste passeio desfruto de mais de que uma coisa ao mesmo tempo: o contacto com a Natureza, o almoço e faço caminhadas.
Malveira é a primeira paragem e aproveitamos para comermos as deliciosas trouxas da Malveira e comprar alguns produtos hortículas aos vendedores que lá se encontram.
Mafra é a segunda paragem do nosso passeio familiar, com alguns pontos de interesse, que eu gosto sempre de visitar, o convento de Mafra, o Jardim do Cerco, que é óptimo para passear, está muito bem cuidado e tem muitas e variadas flores.
Outra paragem obrigatória é a aldeia miniatura do Sobreiro, nunca nos cansamos de lá ir, pela visita à aldeia em si e pelo pão com choriço que lá confecionam, os meus filhos são os que mais apreciam, este manjar.
Tem alguns vendedores de rua com peças artesanais, brincos, colares, venda de livros etc..
Os seus restaurantes têm pratos de peixe com uma grande qualidade, em que o difícil é escolha.
Uma especialidade preferida por mim e pelo meu grupo familiar é na parte dos doces é um bolo pequeno tipico da Ericeira que se chama ouriço. Fazemos questão de o saborear, cada vez que lá vamos. Outra especialidade doceira é a bola de berlim de chocolate.
Fora da vila há um parque de merendas, tem grelhadores e eu tenho por hábito levar carne ou peixe para grelhar, de manhã ficamos na praia, de tarde fazemos o almoço, tomamos a refeição e de tarde passeamos pela vila, terminamos com um lanche, normalmente com as preferências de doces tipicos.
Depois, seguimos viagem até casa, sabendo que daqui a algum tempo, voltaremos a repetir o mesmo percurso, parece que temos um fio que nos liga a estes lugares que fazem parte das nossas preferências.
Eu e a minha familia tentamos continuar a apostar numa boa qualidade de vida, mas nem sempre é fácil. Continuamos a passear, uma das formas de lazer que de vez em quando fazemos é caminhar desde a foz do rio Trancão no Tejo até ao Parque das Nações à beira do rio. Nos dias em que está sol tem–se uma vista bonita à volta.
Nos próximos tempos estamos a planear ir caminhar no caminho pedestre entre Alhandra e Vila Franca de Xira e regressar ao ponto de partida.Para concluir, quando não se consegue tirar férias, deve-se investir em outras alternativas de lazer e divertimento como de assegurar um bem-estar fisico e mental.
No meu caso, foi uma emergência, a qual vou descrever a seguir, e da qual resultaram dois internamentos no espaço de pouco tempo. No meu segundo internamento, tive tempo para inventar uma receita de culinária. É que, no Hospital, o tempo custa a passar e eu arranjei várias formas de ocupar o meu cérebro e, assim, foi mais fácil de aguentar. Entretive-me a trocar ideias com os outros doentes e com as enfermeiras e assim o tempo passou mais rapidamente.
Capítulo 1 - Ida ao Hospital
Recorrer aos serviços de um Hospital é entrar num mundo diferente, com regras e ritmos próprios. São diversos os motivos para se ir a um Hospital:
Emergência:
Doença súbita, acidente, parto, etc.
Consultas de Especialidade ou Vigilância:
Consultas de rotina
Visitas:
Familiares, amigos, conhecidos, etc.
Trabalhar no Hospital:
Médicos, enfermeiros, etc.
A toda a hora chegam doentes de ambulância ou em carros particulares, feridos graves, uns mais doentes do que outros, bebés, crianças, jovens, adultos ou velhinhos. Encontram-se de todas as idades lá. O serviço de atendimento do Banco de Urgência funciona 24 horas por dia. Médicos, enfermeiros, auxiliares, empregados de limpeza, empregados de bar, maqueiros, todos estão ao serviço dos doentes, trabalhando por turnos, de forma a assegurar que o serviço hospitalar funcione em pleno.
Ao chegar ao Hospital, o doente ou o seu acompanhante tem de fazer a inscrição e pagar a taxa moderadora, aguardando de seguida que o chamem à triagem, onde avaliarão a gravidade do problema, atribuindo-lhe uma pulseira colorida para o efeito. Quanto menos grave for o caso, mais tempo o doente espera. Os casos graves têm entrada imediata para consulta médica, sendo encaminhados para realizarem exames ou análises.
Depois de diagnosticado o problema, o doente poderá ser medicado e regressa a casa ou, caso seja necessário, será internado.
Capítulo 2 – Cirurgia e Internamentos
Nos dias que antecederam o meu internamento, eu passava muito tempo no Hospital. O meu neto, o Henrique, estava internado na pediatria, com uma infecção, e eu passava os dias no Hospital a ajudar a minha filha a tomar conta do Henrique, para ela não estar sempre lá. Até que, no dia anterior ao meu primeiro internamento, tive um ataque de tosse muito forte e começei a sentir dores abdominais na zona do umbigo. Vim para casa, mas não senti melhoras. No dia a seguir (5 Dezembro 2007), fui às Urgências e o diagnóstico foi: hérnia umbilical estrangulada. Fui operada no mesmo dia, com anestesia epidural, pois era um caso grave que necessitou de uma intervenção rápida. Estive sempre consciente e correu tudo bem. Tive alta no dia 9 e o mais curioso foi que o meu neto também teve alta nesse mesmo dia.
No próprio dia, mais ao fim da tarde, tive de voltar às urgências, pois tive uma reacção alérgica aos medicamentos. O médico que me atendeu nessa noite apenas me retirou o medicamento que considerava ser o culpado pela reacção alérgica, mas disse- -me para continuar a tomar os outros. Voltei para casa, continuei a piorar, diversas vezes fui a consultas no Centro Médico e as minhas reacções alérgicas cada vez estavam piores. Comecei a ter o corpo todo coberto de manchas vermelhas, parecia um escaldão, até que voltei ao Hospital e acabei por ficar internada mais uma vez. Os primeiros dois dias foram passados no corredor, numa maca, pois não havia camas vagas. Cada vez que me olhava ao espelho, só via pele vermelha e, ainda por cima, tinha imensa comichão. Como se ainda não bastasse este problema, a minha cicatriz infectou e até aos pensos anti-alérgicos fiz alergia. Os dias foram passando e os medicamentos lá foram surtindo efeito e a minha pele, a pouco e pouco, foi voltando ao normal. Tive alta a 23 de Dezembro e vim para casa passar o Natal, com a minha família. Para mim, foi um presente maravilhoso. Eu que via o pessoal médico a falar nos presentes, nas compras, de irem passar com a família, nem sequer fiz uma única compra de Natal. Estive em repouso, a medicação era muito forte e eu ficava muito sonolenta. Mas, acima de tudo, estava feliz por estar na companhia de quem me era querido.
Capítulo 3 – Ocupação do tempo/receita
No Hospital, o tempo ganha outra dimensão. Um dia tem apenas 24 horas, eu sei, mas, num contexto hospitalar, os ponteiros do relógio parecem não andar, dando a sensação de termos o dobro do tempo e a ocupação desse tempo é nula.
Na minha experiência pessoal, no espaço de tempo que estive internada e que passei no corredor, a minha única distracção era ver quem passava (bisbilhotice) e como me podia levantar. Se via alguém com dificuldades, eu ajudava. Algumas vezes, fui chamar os enfermeiros por surgirem complicações com outros doentes e dava água a doentes acamados que estavam na sala ao lado. Tinha ainda o cuidado de, no almoço e no jantar, ir colocar a loiça no carrinho, para as auxiliares não estarem sobrecarregadas.
Quando finalmente, fui para a enfermaria, tive a sorte de lá encontrar outra doente que também podia andar a pé e, mais importante, estava na posse de todas as suas faculdades. Eu e essa senhora conversávamos muito, fomos trocando receitas de culinária e cada uma falava da sua vida e da sua família; tínhamos muitas saudades do nosso cantinho. No mesmo quarto que nós, estavam mais duas senhoras, acamadas, e que tinham alguns problemas a nível psicológico e por esse motivo, não era possível haver grande diálogo com elas.
A certa altura, dei por mim a pensar em inventar uma receita para a ceia de Natal que fosse do agrado de toda a minha família. Os meus filhos e o meu marido não gostam do tradicional prato de bacalhau e, por isso, comecei a pensar em como dar a volta à questão, de forma a criar uma receita que contivesse na mesma os ingredientes tradicionais, mas que lhes agradasse. Por fim, lá tive uma ideia, e assim surgiu o “Bacalhau de Natal à Luz”, cuja receita é a seguinte:
800g de bacalhau alto demolhado
4 cebolas grandes às rodelas
1kg e meio de batatas às rodelas
1 lombardo/espinafres de tamanho médio
6 alhos picados
1 pão de mistura grande
Quantidade generosa de azeite
Bacon aos cubinhos
100gr de azeitonas pretas
3 batatas
Pimenta e sal q.b.
1 ovo
Douram-se 4 alhos em azeite, junta-se o lombardo cozido, envolve-se bem para ganhar gosto. Previamente, demolha-se o pão que, depois, se espreme e esfarela. É depois adicionado ao lombardo no tacho, tempera-se com sal e pimenta. Se estiver seco, junta-se um pouco da água da cozedura do bacalhau. Deixa-se apurar alguns minutos, mexendo bem.
Num tabuleiro untado com azeite coloca-se metade das migas no fundo, alisam-se, com a ajuda de uma colher de pau, e coloca-se por cima o preparado de bacalhau, que se tapa com as restantes migas. À parte, num recipiente, põem-se as 3 batatas cozidas reduzidas a puré. Junta-se um ovo batido e 1 copo pequeno do caldo da cozedura do bacalhau. Bate-se tudo muito bem e coloca-se no tabuleiro, por cima da última camada de migas. Com um garfo, fazer desenhos em xadrez na superfície. Por cima, decora-se com o bacon, e vai ao forno já previamente aquecido, para dourar. Antes de servir, distribuem-se por cima as azeitonas. Serve-se acompanhado com uma salada de grão cozido, temperada com azeite, vinagre, sal e cebola picada.
Conclusão
A minha estadia no Hospital foi um pouco dolorosa, o meu estado era grave e algumas coisas correram muito mal. Depois de ter alta, e já em minha casa, ainda fui muitas vezes às consultas hospitalares, pois a cicatriz da operação não estava a cicatrizar no tempo normal, devido à infecção. Só no final do mês de Fevereiro é que ficaram concluídos os tratamentos à cicatriz. Foi difícil, durante uns tempos não podia carregar pesos, nem me era permitido fazer esforços.
Actualmente, ando em consultas no Hospital Pulido Valente, a fazer testes às alergias medicamentosas, para os médicos determinarem quais os componentes dos medicamentos a que eu fiz reacção alérgica.
Para concluir, a minha receita foi um sucesso. Toda a minha família gostou e até já tive de a repetir e, seguramente, voltarei a fazê-la na Véspera de Natal.
Sei que os longos anos que viveste foram vividos com alegrias, amor, lutas, muitas lutas, e também com sofrimento.
Os meus primeiros 9 anos vivi-os na tua companhia, na pequena aldeia que se chama Casais Romeiros e, para mim, foi um tempo de aprendizagens em que, pouco a pouco, fui crescendo tendo como modelo uma Mulher de fibra, rija e determinada.
Nasceste a 24 de Junho de 1890, e partiste a 30 de Abril de 1983, e nunca te disse o quão importante foste para mim.
Avó, minha amiga, muito querida, heroína da vida simples, criaste 7 filhos, sobrevivendo do suor do teu rosto, cavando a terra, plantando sementes, que meses depois se transformavam em alimento.
Viste partir deste mundo o teu marido e quatro filhos, nunca entraste no cemitério para ver descer à campa os teus entes queridos. Dizias: “Só lá entro quando for a sepultar”, e assim foi.
No reino dos vivos ajudavas os vizinhos, os familiares, os desconhecidos e até os animais domésticos. Quando doentes, fazias o possível e o impossível para os curares. Eras, de estatura, uma Mulher pequena, mas com uma força descomunal que, um dia, agarraste em peso um homenzarrão, que por sinal era teu genro, e que constantemente maltratava a mulher. Deste-lhe uma tareia e avisaste-o: “Nunca mais bata na minha filha, ou fica a saber que a próxima tareia dou-lha na taberna à frente dos seus companheiros de bebedeira”. Remédio santo, ele nunca mais mal tratou a tua filha. O homenzarrão durou pouco, bebia muito e mais ou menos um ano depois, deixou este mundo.
Vivíamos juntas e, para além da nossa relação avó-neta, eramos companheiras de aventura. Calcorreámos montes e vales, caminhamos junto a rios e ribeiros. Sucediam-se as estações do ano, passeámos à chuva, no Inverno, ouvindo o vento a assobiar-nos nos ouvidos, batendo os dentes e tiritando. E, no regresso a casa, que bem que nos sabia uma sopa quente, acompanhada de pão e chá. Era nesta estação que a minha mãe me vinha visitar, pois estava em Lisboa, e era na altura do Natal que vinha passar uns dias connosco.
Na Primavera, a minha estação preferida, nós procurávamos e colhíamos plantas medicinais para vender às ervanárias, como forma de aumentar os rendimentos e, assim, termos mais um pouco de dinheiro. Foi assim que me ensinaste o nome de muitas plantas e quais as suas aplicações medicinais.
No Verão, tempo de férias da escola, apanhávamos lenha para os dias frios. Era nesta estação que íamos muitas vezes até às margens dos rios e ribeiros apanhar junca (planta), e era também nesta altura que íamos aos montes apanhar feno. Juntamente com a junca, eram a matéria prima com que tu fazias cestos, teigas e açafates para uso doméstico.
No Outono, as nossas tarefas giravam à volta da apanha da azeitona, das vindimas e de armazenar a comida necessária para o Inverno (figos secos, nozes, azeitonas, passas de uva, etc.).
Outra das tuas preocupações era cultivar a terra e cuidar dos animais, fontes de alimentos para a nossa sobrevivência. Tínhamos galinhas, que nos davam ovos, os quais usávamos nas refeições e que serviam para fazermos as broas na altura do Natal, as filhozes, os cuscurões e as azevias.
De cada estação do ano, guardo memórias de ti, dos teus procedimentos, dos teus muitos afazeres, de gestos e rotinas que ainda hoje perduram nas minhas recordações.
Estiveste sempre presente a meu lado. Aliás, ajudaste no meu nascimento e foram os teus braços que me seguraram pela primeira vez quando cheguei a este mundo. Quando a tua filha, minha mãe, disse que me ia levar para Lisboa, agarraste na trouxa e vieste viver connosco. Foram uns tempos difíceis, em que houve altos e baixos, com alguns conflitos à mistura.
O nosso mundo, que era composto apenas por duas pessoas, eu e tu, de repente cresceu para cinco (tu, eu, a minha mãe, o meu padrasto e o meu irmão), e onde não havia muita união. Não foi fácil a convivência, os feitios chocavam-se muito. Os anos foram passando, tu foste ficando mais velhinha e mais curvada. A tua personalidade sempre foi muito forte, não facilitavas nada e nem sempre era fácil o relacionamento contigo. Divergências, choque de feitios, tudo foi sendo superado. Eu cresci, de criança passei a adolescente, mais tarde entrei na idade adulta; assumi responsabilidades, casei e formei família, e tu continuaste a viver com a minha mãe. Quando era possível, lá estava eu perto de ti, ouvindo as tuas queixas e dando-te palavras de conforto, e estava sempre disponível para escutar os teus longos desabafos.
Até que um dia foste, pela primeira vez, de urgência ao hospital e, pela primeira vez, fizeste análises ao sangue. Apesar dos teus queixumes e das tuas supostas doenças, muito poucas vezes tinhas ido a um médico. Tinhas a linda idade de 93 anos e, até ao dia anterior à tua hospitalização, fazias tudo e mais alguma coisa: cosias, fazias tapetes, cozinhavas e fazias longas caminhadas, agarrada a uma caninha, e estavas na posse de todas as tuas faculdades. Não gostaste de estar no hospital, a estadia foi curta e só lá estiveste um dia, e partiste rumo à eternidade, e durante muito tempo eu senti-me mal.
Avó querida, amiga, minha companheira de aventuras, hoje quero dizer-te o quanto foste e ainda és importante para mim. Desculpa porque nunca te disse o quanto te amava e ainda te amo. De vez em quando, sonho contigo, parece que esperas pela noite para vires ter comigo, para me dares força e ânimo nas minhas dificuldades. Deve ser porque eu, às vezes, peço a tua ajuda, e tu arranjas sempre uma maneira de me prestar auxílio.
Hoje sou eu avó e, claro, adoro o meu neto, e faço muita questão de contar-lhe histórias de outros tempos e de lhe transmitir as vivências da minha geração.
Avó, vou dizer-te um segredo: foi preciso passarem tantos anos para, sem amargura, mas ainda com mágoa e muita saudade, desabafar no papel tudo o que não consegui dizer-te cara a cara. Tenho 50 anos e, um dia, quando partir (que seja daqui a muitos anos), quero que, ao menos, um dos meus netos me recorde com tanto amor e carinho como aquele que eu tenho por ti.